O Mudinhas de Espinafre trata de assuntos pop (quem diria?) que marcaram o dia-a-dia do espinafrando, no formato de pílulas. Ou seja, textos curtos e sem profundidade. Vamos a elas!
séries tupiniquins
Não, não vamos falar de Caras de Pau ou Macho Man. Ao contrário do Sílvio, nem eu, nem minha mulher vimos e fazemos questão de não ver.
Mas o espinafrando já deu de cara com 4 boas produções nacionais:
✪ Mulher de Fases: comédia gaúcha, tchê, com uma bela protagonista que assume a personalidade de seus casos, na busca pelo par perfeito {atenção, não tem nada a ver com o Beto da Vila Sésamo [citação válida para recém-pais (e com isso fechamos as divagações, ao estilo equação de 1º grau)]}. Passa na HBO.
Toque de espinafre: bacaninha, tem potencial. Ainda está naquela fase de encontrar o próprio ritmo, dá umas escorregadelas vez ou outra, mas diverte entre um zapping e outro. Boas atrizes. E a principal é uma Graça. Da mesma turma que fez ‘O Homem que Copiava’ e ‘Meu Tio Matou um Cara’. Ah, e tem a grande qualidade do sotaque gaúcho. No mínimo, é uma fuga do surrado carioquês.
✪ Mothern: aproveitando a onda do estrogênio, taí (outro alerta: não se trata do finado guaraná. Apenas uma contração de está + aí. Fim do alerta) uma ótima série, que conta as desventuras de alguns tipos de mães modernas, sua prole e seus dilemas. Passa no GNT.
Toque de espinafre: é o ‘Confissões de Adolescente’ para as balzaquianas, com todas as qualidades que a série da TV Cultura tinha, começando pelo excelente elenco. E você, leitor macho, deixe de lado o preconceito, procure uma reprise e assista sem medo. É legal.
✪ Morando Sozinho: do estrogênio e de mães, para a testosterona e o filho que deixou o ninho materno no ES para morar sozinho em SP durante a faculdade. Série perfeita para migrantes estudantis ou para locais que tiveram/têm amigos da faculdade migrantes. Passa no Multishow.
Toque de espinafre: só tem caras novas. A 1ª temporada foi ótima, melhor do que praticamente toda a programação da TV aberta. Só que o final perdeu a linha, descambando para o humor chulé, estilo Zorra Total. Ainda não vi nada da 2ª temporada. Será que vai sofrer de Globalização? Ou pior, de Adnetização? A ver.
✪ Mandrake: não é o mágico amigo do Lothar, mas o advogado-detetive-canalha dos livros do Rubem Fonseca que ganha vida na telinha. Já acabou, mas começou a ser reprisada na HBO.
Toque de espinafre: deixo o melhor pro fim. Mandrake é imperdível. O papel da vida do Marcos Palmeira. E do Miéle. É tão vitaminada que consegue fazer um noir no ensolarado Rio de Janeiro, com direito à trilha jazzística de primeira. É tão bom que faz a gente pensar que nem todos os atores brasileiros são ruins. O problema está nos autores, diretores e políticas da TV aberta.
Game of Thrones
E não é que o hype está certo? É a série do ano. Quero ler os calhamaços.

Nilba e os Desastronautas
Nova coqueluche na toca do espinafrando, é o melhor desenho animado do mês. E é nacional. Passa aos sábados e domingos no canal Rá Tim Bum. Conta a história do garoto Nilba, que sonhava em ser piloto estelar, contratou a pior equipe de astronautas e uma nave sucateada e acabou preso com a tripulação em um planetinha qualquer.
A animação em si ainda é meio tosca e falta ritmo, mas o design de personagens, a trilha sonora e principalmente os roteiros são duca!
O charme está nas referências Sci-Fi traduzidas para o universo infantil, que rendem boas risadas aos papais.
E você tem que respeitar um desenho que combina acne com Alien (aquele mesmo, o 8º passageiro), Avatar com Smurfs, Yoda com Fofão, iPhone com o monólito de 2001, R2D2 com canhão e Planeta dos Macacos com Dr. Gori e Karas (essa é peça de museu).