O Mudinhas de Espinafre trata de assuntos pop (quem diria?) que marcaram o dia-a-dia do espinafrando, no formato de pílulas. Ou seja, textos curtos e sem profundidade. Vamos a elas!
música
Foo Fighters
Depois de anos de resistência, finalmente o espinafrando se rendeu ao Foo Fighters. Sempre fomos da opinião que a banda era legalzinha, não mudaríamos de estação se estivesse tocando no rádio, mas não valia a compra de um CD (é, o espinafrando ainda compra CDs. Pelo menos até a iTunes Store desembarcar em terra brasilis).
É difícil dizer exatamente o que nos fez quebrar o paradigma: se a torrente de críticas boas sobre o último álbum ou se a vontade de conhecer uma banda “nova”. O fato é que arriscamos e compramos o ‘Wasting Light‘.
Bem, não foi paixão à 1ª vista. Na verdade, a primeira impressão foi: é barulhento (reflexo da idade?). A segunda impressão foi: desperdiçamos dinheiro, deveríamos ter investido no ‘Are You Experienced?‘ remasterizado. Foi na 6ª audição que o álbum nos fisgou. Aleluia!
É rock honesto.
(já nos questionaram uma vez o que significa essa expressão. Para o espinafrando, significa um rock sem firulas, simples, que não quer te enganar se levando a sério demais. Faz sentido?)
Tem faixas ótimas como a porrada de abertura ‘Bridge Burning‘, o crescendo de ‘Arlandria‘, o belo hino ‘These Days‘, o refrão contagiante de ‘Back & Forth‘ a tocante ‘I Should Have Known‘ e a revigorante ‘Walk‘, que encerra o disco e é ótima para encerrar shows também. E o resto é uma coleção de faixas boas.
Não é o disco do ano ou coisa do gênero. Mas é joia, e às vezes um som joia é justamente do que você precisa.
esportes
basquete
Enfim, estamos de volta às Olimpíadas. Parabéns à seleção!
O basquete é responsável por uma da “memórias” mais marcantes que temos de eventos esportivos, junto com o Ursinho Misha, a vitória de um Senna extenuado em Interlagos e aquela maratonista suíça que chegou se arrastando à linha de chegada na Olimpíada de 84. Entre aspas, porque não lembramos exatamente os detalhes: uma cesta de 3 pontos do Guerrinha do meio da quadra no último segundo que deu a vitória à seleção. Não lembramos se foi num Pan-americano, numa Olimpíada, num Mundial… Nem o ano (embora definitivamente tenha sido na década de 80) e se valia alguma coisa.
De qualquer forma, se você estiver lendo isso, Giovannoni, saiba que a classificação contra a República Dominicana foi espetacular. Mas você ainda deve ao espinafrando aquele picolé que você jogou no chão por volta da 5ª série.

futebol
Já falamos aqui que o futebol brasileiro está nivelado por baixo. Mas a rodada do Brasileirão nesse final de semana foi pra derrubar qualquer time do Cartola F.C.
Já é o 2º ano em que ninguém parece fazer questão de ganhar o título. O líder Corinthians já não pode dizer que conta com a sorte de campeão, já que ostenta o 1º posto por pura incompetência dos adversários. Como disse o Juca Kfouri, o Corinthians é regularíssimo: ganha uma, perde outra.
O Botafogo, que era o time com o melhor futebol das últimas rodadas e o melhor meiocampista, tomou um acachapante 5×0 do Coxa. O Fla conseguiu a façanha de perder em casa para o Atlético Paranaense, que vive um de seus piores momentos. Menos pior que o Palmeiras: depois do Scolari dar entrevistas com certo otimismo e levantar uma série de estatísticas para corrigir a defesa que todos passam, tomou um sonoro 3×0 do Leandro Damião. E o Grêmio que vinha uma lástima tratou te ganhar do São Paulo, sem desfalques depois de muito tempo.
E o campeonato segue, construindo esperanças para derrubá-las na rodada seguinte. Um time pior que o outro. Do jeito que vai o futiba nacional, não será surpresa se o Santos tomar a maior goleada de uma final de Mundial contra o Barcelona. Isso se chegar à final, pois ainda corre o risco de ficar pelo meio do caminho como o Inter no ano passado. Cada vez mais, as gozações entre torcedores rivais soam como o roto falando do rasgado. Culpa dos cartolas (dessa vez, os dirigentes. Não o fantasy game), da CBF e dos torcedores coniventes. Do Brasil, enfim.