A pedidos de alguns leitores, o espinafrando comenta 3 “polêmicas” que assolaram o mundo pop nos últimos dias.
As Fotos de Scarlett Johansson
Daí que duas fotinhas marotas da eterna Charlotte de Lost In Translation circularam pela internet, causando furor e frenesi.
Cadê a polêmica? Na opinião do espinafrando (ecoando o sempre excelente Álvaro Pereira Jr.), as fotografias só trouxeram benefícios para a humanidade:
✔quem tinha curiosidade de ver a atriz nua e nunca teve a oportunidade, foi agraciado com peitinho e bundinha.
✔quem gosta de falar mal da Scarlett (acreditem, essas pessoas existem), ganhou pano pra manga.
✔e a própria dona do derrière ganhou bastante exposição, aumentando o valor da marca Scarlett Johansson.
A Escalação do Rock in Rio
E aí que o Rock in Rio volta a acontecer no Rio (vem cá, você não se sente meio idiota explicando uma coisa dessas? Por mais que a idiotice tenha sido do Roberto Medina em não ter mudado o nome do evento quando o levou para outras plagas).

E dá-lhe povo reclamando da escalação: Cláudia Leitte, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Katy Perry, Rihana, Ke$ha, Jamiroquai, Stevie Wonder, Elton John, Shakira e a temível Maria Gadú (isso que focamos somente em parte do palco principal. A coisa fica feia mesmo quando você vir o que rola nos outros 3 palcos). Cadê o rock?
Cadê a polêmica, pergunta o espinafrando. A memória é uma coisa traiçoeira. A despeito do festival dever se chamar Pop in Rio, como bem lembrou @brunofj, o megaevento do Medina sempre sofreu de esquizofrenia desde a primeira edição (que o digam os engarrafados Lobão, no II, e Carlinhos Brown, no III). Daí que não vemos polêmica, apenas incoerência da organização.
Duvida? Vejamos alguns destaques dos anteriores.
Rock in Rio, o original de 1985
☂Num mesmo dia, temos Queen, Iron Maiden, Baby Consuelo & Pepeu Gomes, Erasmo Carlos, Ney Matogrosso e Whitesnake. Eclético?
☂James Taylor e George Benson versus Alceu Valença e Moraes Moreira. Que tal?
☂Junte AC/DC e Scorpions com Eduardo Dusek e Kid Abelha e os Abóboras Selvagens (com um Barão Vermelho com Cazuza no meio).
E dá pra continuar assim até completar os 10 dias de festa.
Rock in Rio II, A Revanche (1991)
☂Muitas presenças ilustres –e outras nem tanto– durante os 9 dias, mas basta o lineup do 4º dia para ilustrar a tese: New Kids On The Block, Rum DMC, Roupa Nova e Inimigos do Rei (♫encontrei uma barata na vizinha…♫).
Rock in Rio III, A Missão (2001)
☂Além das históricas garrafadas em Carlinhos Brown, espremido no meio de Guns N’ Roses, Oasis, Papa Roach, Ira! & Ultraje à Rigor e Pato Fu, tivemos o repeteco de James Taylor, Milton Nascimento, a baiana da vez Daniela Mercury e a dupla de Ramalhos Elba e Zé, entre outras bizarrices.
☂O destaque fica novamente para o 4º dia do apocalipse: ‘N Sync, Britney Spears, Five, Sandy (pré-anal) & Júnior, Aaron Carter e um pobre e deslocado Moraes Moreira.
Rock in Rio IV — O Fim? Não, longe disso! (2011)
A única diferença desta edição para as outras é que, dessa vez, não há um único dia que dê vontade de ir.
E como bem disse o André Barcinski (em 20/09/11), “festival não é para quem gosta de música, é para quem gosta de festival”. Tem até um comercial que está rodando os canais de TV que mais ou menos prega isso (e que não nos lembramos de qual produto é anunciado, talvez seja o próprio Rock in Rio). Ou como disse um amigo, “com tanta droga nos palcos, soa engraçada a campanha antidrogas do festival”.
O Fim do R.E.M.
A (ótima) banda encerrou suas atividades depois de 30 anos. Boo hoo! Comoção geral. E cadê a polêmica?
Fãs, não entendam mal, mas não há nada de novo aí. Bandas acabam e retornam no mundo pop como heróis morrem e ressuscitam (e ás vezes mudam por trás das máscaras) no mundo dos gibis.
Perdeu a relevância? Sim, se você considerar que faz tempo que não se ouve grandes repercussões sobre a banda (ei, eles lançaram um disco esse ano! E todo mundo tá dizendo que é ótimo!). Não, se você considerar que quem gosta de R.E.M. continuará gostando.
Vai deixar saudades? É claro… que não! Basta escutar qualquer um dos 15 discos de estúdio, ou dos 22 de sua discografia completa, que inclui coletâneas e álbuns ao vivo, caso não tenhamos errado nas contas. Há quanto tempo você não escuta R.E.M.?
…
Fim da polêmica.
Ou início, vai saber… O espaço para os comentários está à disposição. 😉
Muito bom texto. Em resumo:
O Bom, o Ruim e o Triste
Hahaha! Queria ter pensado nisso antes!
Sensacional o post do Rock in Rio…É exatamente o que penso sobre esta programação absurda de shows (misturando bandas – às vezes pop ou de rock – junto a cantores fracos) com estilos completamente antagônicos…Rock in Rio deveria ser um show apenas de Rock e com bandas de “peso”…(Metallica, ACDC, Kiss, etc)
Apenas acho que o último dia da Pitty, Evanescence e Guns n Roses se “salva” um pouco nesse ano!!! E mesmo assim…o Guns já não é o mesmo e Evanescence precisa voltar a fazer um álbum interessante…