Estes são os personagens mais odiosos das séries que tenho acompanhado. Gente que você gostaria de estapear indefinidamente pra tentar botar um pouco de vergonha na cara. Antipatia é pouco para descrevê-los. São uma espécie de seguidores de Loki, o deus nórdico que também é vilão d'Os Vingadores: raramente tomam a frente e dão a cara pra bater, são mesquinhos, exercem seu “poder” sobre os fracos, tentam manipular os fortes, em suma, são bullies. E, óbvio, são os caras que você adora odiar!

SPOILER ALERT: esse post é repleto de spoilers inevitáveis, já que a acusação precisa relatar as ações e atitudes execráveis dos réus para provar sua desprezibilidade (sic). Leia por sua conta e risco.

3.Pete Campbell – Mad Men

O almofadinha interpretado com louvor por Vincent Kartheiser não chega aos pés, em termos de atrocidades, dos outros integrantes dessa lista. Se você forçar a barra, dá até pra dizer que ele gera certa empatia em dados momentos. Mas é só abrir a boca que o babaquinha SEMPRE consegue por tudo a perder. Pelo menos foi assim na 1ª temporada de Mad Men (e continua na 2ª).

O perfil: filho de família rica, desperta a ira do pai tradicionalista ao preferir tentar a sorte no mundo dos publicitários da Madison Avenue, deixando de desfrutar das benesses paternas. Pra não ficar longe da bufunfa, nada mais conveniente do que arranjar um casamento de conveniência com uma herdeira alienada (a irreconhecível Alison Brie, de Community).

Entre as intrigas de Pete, destacam-se:

• Sexo com a secretária (que nem era sua) no dia do casamento, seguido de desprezo e humilhação da coitada —que ainda engravida e é abandonada à própria sorte;
• Chantagear o chefe;
• Manipulação da esposa e do sogro rico;
• Utilizar a morte do pai para tentar ganhar um cliente.

Pete Campbell: um cara em que você pode confiar. Pode confiar que ele fará a coisa errada na hora certa!

2.Cersei Lannister – Game of Thrones

A ideia era deixá-la de fora da lista para dar mais diversidade às séries, mas Cersei é tão desprezível que forçou a barra pra conquistar o 2º lugar.

Trair o marido (o rei Robert Baratheon) com o próprio irmão gêmeo não é nada perto da postura fria, manipuladora e calculista que leva nossa postulante ao papel de Rainha Má da Branca de Neve a cometer fofuras como:

• Mandar matar o filho de um açougueiro que teve o azar de estar no caminho do príncipe mimado que queria se exibir num duelo desigual;
• Mandar executar o filhote de lobo da futura nora porque outro havia mordido o tal príncipe para impedi-lo de ferir a futura cunhada;
• Ignorar as provas apresentadas pelo pai de sua nora de que seu filho, herdeiro do trono após a morte do rei Robert, é na verdade um bastardo dela com o irmão –e, pra variar, proclamar a sentença de morte do infeliz.

Com se vê, Cersei (a bela Lena Headey, que já foi a rainha Gorgo em 300) não é muito de por a mão na massa. Na verdade, está mais para a Rainha de Copas (“Cortem-lhe a cabeça!“) do que para Malévola. Mas em duas ocasiões, quase chegou às vias de fato —ambas por envenenamento. Os alvos? Seu marido, que teve a sorte de encontrar um javali antes. E seu filho caçula (tadinho, ela só queria protegê-lo de uma invasão, sabe como é), salvo pelo cavalaria.

Uma criatura adorável essa Cersei! Só que não.

1.Joffrey Baratheon – Game of Thrones

O reizinho de Game of Thrones conquista a coroa desse Top 3 com folga. Uma das criaturas mais mimadas que já frequentaram a televisão na história, é também uma das mais covardes e cruéis. O guri é tão sem noção que daria arrepios até no Joselito da turma do Hermes e Renato.

Em duas temporadas, Joffrey (o intragável Jack Gleeson, que já fez o papel de “garotinho” em Batman Begins) conseguiu acumular em sua ficha corrida mais sordidez do que toda a turma do mensalão reunida.

Exageros à parte, vamos ao perfil do moleque:

• Quando príncipe nada encantado, o esporte favorito de Joffrey sempre foi humilhar qualquer um que estivesse abaixo de sua hierarquia —virtualmente todo o reino, mas em especial os fracos e oprimidos.
• Nas horas vagas, gostava de duelar contra garotinhas e enfrentar filhos de açougueiros desarmados, com sua espada real.
• Outro passatempo seu é contar bravatas, coisa que ainda gosta de fazer depois que foi ungido rei. Lógico que apenas quando está em segurança no castelo, ou cercado pela guarda real e seu fiel guarda-costas. Afinal, Joffrey é um rapaz esperto que sabe se esconder debaixo da cama quando a ameaça é de verdade e está batendo nos portões de King's Landing. Nessas ocasiões, prefere dar as costas ao conflito e deixar que outros morram em seu lugar ao invés de servir como inspiração e tomar a frente da batalha.
• Após a coroação, Joffrey adquiriu a mania de humilhar e bater em sua esposa. Para sua sorte, não há Lei Maria da Penha em Westeros. E, mesmo que houvesse, Joffrey não hesitaria em revogá-la.
• As más línguas dizem que o rei ainda é virgem e não se interessa por sexo, o que faz com que seu temperamento às vezes seja “explosivo”. Coisa de gente desocupada, decerto. Mesmo assim, seu tio Tyrion, o anão, se encheu de preocupação e, em certa ocasião, contratou duas belas prostitutas para sanar o problema. Joffrey não se fez de rogado: exigiu que uma espancasse a outra e depois a estuprasse com uma maça (aquela espécie de cacetete medieval feito para esmagar armaduras e cabeças).
• Quando não pode abusar da esposa ou não está ocupado agindo como uma Maria Antonieta de Westeros, o garboso rapazote se contenta em ameaçar a própria mãe com a pena de morte.

Como se pode ver, apesar da pouca idade, Joffrey Baratheon (ou seria um puro-sangue Lannister?) já construiu um currículo respeitável e, em breve, deve fazer com que o monarca anterior a seu finado “pai” perca a alcunha de Rei Louco. Torcemos por isso na vindoura terceira temporada de Game of Thrones.

***

E você? Quais são seus personagen vis favoritos? Dê vazão à sua indignação nos comentários! 😉