Mudinhas de Espinafre são pílulas pop, comentários (nem sempre) curtos e sem profundidade sobre coisas bacanas que você deveria ver, ouvir, ler. Ou não.
HQ
Happy!
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HAPPY! ISSUE #1Publisher:Image |
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HAPPY! ISSUE #2Publisher:Image |
Minissérie em 4 edições, dos excelentes Grant Morrison (We3, All-Star Superman) e Darick Robertson (Transmetropolitan), projeto “creator-owned“, saindo pela Image Comics.
Nos 2 episódios que saíram até o momento, somos apresentados a Nick Sax, ex-detetive da polícia, atual matador de aluguel, que é perseguido pela máfia devido a um suposto segredo que apenas ele conhece e que pode levar a uma grana preta, herança de seu último “serviço”.
Seu parceiro é um diminuto unicórnio azul alado (!), que só Nick enxerga e ouve. Happy é seu nome, e ele se parece e se comunica como um cartoon para crianças pequenas. Mais do que alucinação, Happy alega ser o amigo imaginário de uma garotinha chamada Hailey, que corre perigo de morte. Nick é sua única esperança.
É a partir desse argumento, misturando a candura da infância com um grau de violência de chocar adultos, que Morrison e Robertson desenvolvem um thriller surreal que ecoa Tarantino e O Silêncio dos Inocentes.
Não está entre os melhores trabalhos da dupla, no entanto. A arte parece meio travada, dura. E a trama não deslancha: o escocês parece mais preocupado em bater o recorde de escrever a palavra “Fuck” do que em dar fluidez ao roteiro. Mesmo assim, os ganchos dessas duas edições foram suficientemente bons para fazer querer saber o que acontecerá a seguir. Isso, e o fato de Happy! ser uma história fechada com apenas mais dois números.
séries
(fdp)
Falta um episódio para encerrar o seriado sobre a vida de um juiz de futebol.
Depois das primeiras impressões, já dá pra cravar que (fdp) teve muito mais acertos do que erros. méritos de toda a equipe, em especial do texto de José Roberto Torero.
O final da temporada no próximo domingo promete pegar fogo, com a final da Libertadores, o peso do suborno, a reputação de Juarez em jogo e a retomada do relacionamento com a ex-esposa por um fio.
Só espero que a promessa de um final bombástico se concretize e que não sejamos nós a gritar filho da puta no último instante antes dos créditos. Como diz o chefe da arbitragem: não vai cagar, Juarez!
música
La Futura – ZZ Top
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O ZZ Top é possivelmente a banda mais subestimada da história do rock.
A impressão que tenho é que todo mundo conhece o visual do power trio, os óculos escuros e as longas barbas de Billy Gibbons e Dusty Hill, mas que pouca gente realmente ouve o seu som. Uma pena, já que o ZZ Top está para o blues rock assim como o AC/DC está para o hard rock e o Ramones para o punk rock.
La Futura, o novo álbum lançado no último 7 de setembro, traz o ZZ Top no auge da experiência de mais de 40 anos de estrada, fazendo um rock'n'roll blueseiro, pesado, sujo e caipira. É um disco nota 9: a única mancada é a faixa 4 – Over You, uma balada brega que lembra os piores momentos farofa do trio nos anos 80, como a irritante Rough Boy.
De resto, é a trilha perfeita para acompanhar uma cerveza e um burrito no seu bar Tex-Mex favorito.